quinta-feira, 11 de junho de 2009

É tão difícil ser a gente mesmo. É tão difícil tentar ser coerente. É tão difícil não nos achar errados pelo simples fato de agir diferente da maioria - ou daqueles que nos cercam. É tão doloroso nos descobrir exceções. Cada ser humano é um mundo à parte. Cada um pensa e age de forma diferente. E é tão difícil passar por cima daquilo que acreditamos, passar por cima do nosso orgulho, da nossa opinião, daquilo que faríamos para evitar o confronto. Até que ponto é preciso calar? Até onde o respeito ao sentimento alheio deve prevalecer sobre o nosso? E até onde o nosso é o certo e deve prevalecer? É preciso perder-se mesmo? E quando já estamos perdidos? E quando sempre nos sentimos perdidos? Como fazer pra se encontrar? Como definir vontades e correr atrás disso pra dar tudo certo no final?
Somos todos crianças com sentimentos tolos e infantis.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Eu quero ser Clarice por instantes. Eu quero tocar flauta decentemente. Eu quero aprender piano e gaita. Eu quero mudar de cidade. Eu quero andar com quem goste do que eu gosto. Eu quero voltar a escrever. Eu quero viver do que me faz bem. Eu quero ter gente por perto. Eu quero ter dias em silêncio. Eu quero lua cheia no céu. Eu quero ter um labrador. Eu quero fazer teatro pra aprender a me expressar melhor. Eu quero ter mais tempo. Eu quero ver mais peças de teatro. Eu quero entender de cinema. Eu quero ler mais livros. Eu quero estudar antropologia. Eu quero vencer o medo de falar em público. Eu quero ter mais anéis legais. Eu quero fazer mais exercícios físicos. Eu quero fotos legais. Eu quero ter do que lembrar.Eu quero que meu telefone toque mais. Eu quero ter um livro sobre o Miró que eu vi no sebinho. Eu quero e preciso fazer coisas que me deixem com orgulho da minha vida.