terça-feira, 11 de agosto de 2009

da grande parte irracional da minha cabeça.

Eu não gosto de criar vínculos. Não gosto porque sei o que vem depois. Não gosto porque já aprendi que tenho de me preparar pra distância, pra saudade, pra vontade de fazer o agora durar para sempre - e de saber que 'pra sempre' não existe - e dói quando acaba. Eu odeio saber que o vínculo está sendo criado, que não posso e não quero impedir, que meu gostar nunca tem tamanho e que a pequena parte racional de mim grita pra eu tentar me controlar. Eu odeio ter a plena consciência - ao me aproximar de alguém - que tudo nesta vida é temporário, que acaba e que é mais curto do que imaginamos. Eu odeio a maneira passional com que eu lido com isso tudo. E odeio mais ainda não conseguir ter mudado até hoje, apesar de tudo.

6 comentários:

Julia disse...

Talvez a minha "parte racional" seja um pouco maior do que a sua - como vc me diz às vezes -, talvez não e eu apenas me controle um pouco mais, mas eu também sinto isso tudo... Beijos, menina fofa que não gosta de ser chamada de fofa ;*

Beatriz Vilela disse...

Querida Cissa, se a gente viver pensando que vamos morrer, não aproveitamos tudo que nos é "oferecido". A mesma coisa com as relações. Nada é pra sempre. Mas um momento pode ser eterno se você o vive com intensidade, e como viver com intensidade se estamos pensando em evitá-lo?

Eu te entendo, juro.

Mas se a condição da vida é essa, só nos resta a adaptação.

Amo você, vice? :)

beijo

Dayane Abreu disse...

Eu era assim. Até aprender que não, o melhor é viver cada momento, sem pensar no depois, mesmo que se saiba que não é pra sempre. Eu era tão assim que nem falava com as pessoas.

Carol Rodrigues disse...

É, eu sei bem do que vc fala. Eu sou aquela que evita ao máximo se envolver com alguém pq quando se envolve não sabe ser menos intensa. E o resultado de se entregar com intensidade é sofrer com intensidade depois.
No entando, o ato da entrega é tã bom e tão prazeroso, que quando eu percebo, já é tarde demais!

É assim, não é?

Bjos

Juca disse...

À Cissa dentro de Cissa: e por acaso existe alguma outra opção que não seja entregar-se?

Bruno disse...

Confissão: teve um tempo na minha vida que eu não gostava de criar vínculos para não magoar a pessoas. Cedo ou tarde, sempre eu achava que acabaria desapontando alguém.

Mas passou (tô lutando pra passar). Hoje eu sei que a gente marca a vida das pessoas e é crueldade se esquivar disso.